JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Popularidade de Beto e Dilma continua em baixa no Paraná

FOLHA DE LONDRINA

Levantamento encomendado pela Fiep mostra que 72,8% reprovam o governo do Estado e que 88% desaprovam a gestão federal petista

 
Pesquisa divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), feita pela Paraná Pesquisas, revela que 72,8% dos paranaenses reprovam o governo de Beto Richa (PSDB), índice levemente inferior aos 76% de reprovação em março, conforme o mesmo instituto. O índice de aprovação desta última amostra ficou em apenas 24,5% (contra 19,9% em março) e para 67,3% dos entrevistados, a administração do tucano está pior do que o esperado. O levantamento também perguntou aos entrevistados sobre o governo de Dilma Rousseff (PT) e a avaliação é ainda pior: 88% dos paranaenses desaprovam o governo federal; 9,3% aprovam; e 2,7% não souberam responder. O pior resultado da petista é no Centro Ocidental (região de Campo Mourão), com apenas 4,9% de aprovação e 92,7% de reprovação; no Norte Central – onde está Londrina, a reprovação é de 88,2% e aprovação é de apenas 8,8%. 

A Paraná Pesquisas ouviu 2.515 pessoas entre os dias 22 e 27 de setembro em 88 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o grau de confiança, de 95,5%. 

Já o governo do Beto Richa, na região de Londrina, foi desaprovado por 70,4% dos entrevistados e teve um dos maiores índices de aprovação em relação às outras regiões do Estado: foi de 26%. A pior situação de Beto é no Norte Pioneiro, região que inclui Cornélio Procópio, Jacarezinho e Santo Antônio da Platina, onde tem a menor aprovação (19,9%) e maior reprovação (77,4%). No Oeste – incluindo Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo – o tucano tem os melhores números: 29,2% de aprovação e 66,9% de reprovação. 

Sobre o governo estadual, o instituto de pesquisa também perguntou sobre a expectativa em relação ao segundo mandato de Beto. As respostas são bastante negativas: 67,3% disseram que o governo vem tendo desempenho pior do que o esperado; 27,1% acham que está igual ao que esperavam e apenas 4,7% acham que está melhor do que a expectativa inicial. 

PERCEPÇÃO DA CRISE

A pesquisa ainda trouxe dados sobre como os paranaenses estão sentindo a crise econômica. Nacionalmente, 91% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que o país está vivendo uma crise econômica e 5,2% discordaram; estimulados a avaliar a atual situação econômica do país, 2% a classificaram como ótima ou boa; 68,7% a definiram como ruim ou péssima; e 28,4% disseram que a situação é regular. 

A maioria dos entrevistados também se demonstrou pessimista quanto ao futuro. Para 38,6%, daqui a 12 meses, o cenário econômico estará pior do que hoje; 32,2% disseram acreditar que estará igual; e para 27,4% a situação estará melhor. O pessimismo também se refletiu quando a pergunta foi sobre a forma de manutenção da renda: 60,9% disseram se preocupar muito com a possibilidade de ficar sem trabalho, perder o emprego, ter que fechar seu negócio ou perder a sua fonte de renda nos próximos 12 meses; 7% afirmaram se preocupar um pouco; e 11% responderam que não se preocupam. 

Quanto à crise no Paraná, 87,2% disseram que o Estado vive uma crise econômica e apenas 6,4% discordaram da afirmação. Quando questionados sobre a situação do Paraná em comparação com outros estados, 32,1% afirmaram que está melhor do que a de outras unidades da Federação. Já para 66%, a situação é igual ou pior a de outros estados. 

‘INSATISFAÇÃO GERAL’

Ao avaliar a pesquisa, o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, os resultados demonstram a "insatisfação geral sobre a maneira como nossa classe política vem conduzindo o país e o Estado". "A atual crise econômica e os ajustes ficais feitos pelos dois governos, baseados em aumento de impostos, penalizando o setor produtivo e toda a população, certamente contribuem para esses altos índices de desaprovação", afirmou. 

Ele defende maior enxugamento da máquina pública e maior rigor no uso do dinheiro público. "É preciso promover uma reestruturação de toda a máquina pública, em todas as esferas, para que tenhamos administrações mais ágeis e que apliquem com eficiência e responsabilidade o dinheiro do contribuinte", disse Campagnolo.

Loriane Comeli
Reportagem Local

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